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A mostrar mensagens de outubro, 2021

EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA, CURRÍCULO E FESTIVIDADES!

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  A especificidade da Educação de Infância em relação aos outros níveis educativos diferencia-se, sobretudo, pela existência de um currículo aberto e flexível. Por este motivo, a construção e desenvolvimento curricular está dependente de algumas variáveis: as crianças; o educador de infância e o seu modo de fazer pedagógico; o contexto sociocultural; os normativos legais; entre outras. Partindo da premissa anterior, percebemos que cada contexto e cada grupo de crianças é único, e o currículo que se desenvolve em cada sala é singular e ajustado a uma realidade em particular, pelo que nem sempre é possível ser reproduzido.  Em Educação de Infância não existe um currículo pronto-a-vestir. Por não haver programas, conteúdos ou temas obrigatórios e transversais ao trabalho de todos os educadores de infância, importa que estes, enquanto gestores desse currículo, pensem nas propostas didáticas com uma intencionalidade educativa. Enquanto educadores, devemos aproveitar algumas datas ou

PORQUÊ QUE AINDA HÁ CRIANÇAS DE 1, 2 ou 3 ANOS A PINTAR DESENHOS?

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  Já nem me refiro aquelas que têm mais de 3 anos!  O que é que aprende uma criança de um ano ao pintar o desenho, por exemplo, de uma folha de outono? Uma criança que esteja no intervalo etário mencionado, tem consciência sobre aquilo que é o “pintar por dentro”? E mesmo que não tenham de “pintar por dentro”, porquê que usamos o desenho como forma de expressão da criança? A expressão não deveria ser livre? Ainda mais em crianças destas idades? Caberá numa folha A4 a expressão de uma criança pequena? Porquê (e para quê) que afixamos 15 folhas exatamente iguais na sala? Se são todas iguais, não bastaria apenas uma? Será que o facto de cada criança pintar o seu desenho, demonstra que tiveram uma participação ativa? Quando propomos um desenho a uma criança pequena, pretendemos que a criança seja criativa ou que se limite a fazer algo instruído? Como é que através da pintura de um desenho as crianças desenvolvem o traço e percebem o seu desenvolvimento? A terem de pintar o de

E SE UMA CRIANÇA BRINCAR SEMPRE NA MESMA ÁREA?

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Uma das competências que deve ser inata ao exercício da profissão do Educador de Infância é a observação. Observamos para planear, para agir e avaliar, em ciclos que se sustentam e sucedem. A observação que fazemos das crianças, no geral, e de cada criança, em particular, é a base que suporta e fundamenta a nossa intencionalidade educativa. A observação vai além daquilo que é o ato de olhar e ver. Apesar de ser um conceito aparentemente simples, a verdade é que em Educação de Infância, pela sua importância e transversalidade, a observação representa um tema vasto, que se torna difícil abordar em meia dúzia de parágrafos. Ainda assim, atrevo-me a fazê-lo, já que me parece pertinente refletir sobre a sua importância no nosso dia-a-dia, em particular sobre a nossa implicação nas escolhas das crianças. Diariamente somos confrontados com uma criança que gosta de brincar mais na área dos jogos; outra que prefere fazer construções tridimensionais; umas que se sentem mais predispostas pa

QUADROS DE PRESENÇA, DO TEMPO E OUTROS QUE TAIS!

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  Em contexto de creche e jardim-de-infância é comum utilizarem-se vários instrumentos de registo e gestão da vida do grupo: quadros para marcação das presenças; registo do tempo; distribuição de tarefas; marcação do calendário; sinalização de aniversários; entre outros.  A escolha que fazemos destes instrumentos deve ser resultado de um processo reflexivo sobre as suas potencialidades no desenvolvimento das crianças. De um modo geral, estes quadros que utilizamos não podem estar afixados na sala só porque sim, só porque os achamos bonitos ou porque é algo que toda a gente faz. Optar por um quadro de registo que será utilizado pelas crianças no seu dia-a-dia deve ter, antes de tudo, uma intencionalidade educativa e, não menos importante, uma utilidade real para a vida do grupo e de cada criança. Antes de o utilizarmos, importa que pensemos nos objetivos que se pretende alcançar com a sua aplicação em contexto grupal: - Porquê utilizar este quadro? - Que utilidade terá? - Que formato